Banco de Projetos

O IPCOM criou e desenvolveu uma série de projetos nas áreas de comunicação, educação, cultura e cidadania, por meio de sua equipe permanente e de parceiros, devidamente protegidos por registro na Biblioteca Nacional. Ao apresentar um resumo dessas propostas, o objetivo da entidade é despertar eventual interesse de parceiros para sua realização.

 

Os Mistérios Arqueológicos Brasileiros - série de programas para TV

O Brasil tem muitos mistérios. Sítios arqueológicos, ruínas, monumentos e construções são ainda pouco explorados e inexplicáveis, e permanecem a desafiar as teorias migratórias e colonizadoras da América. Lendas e tradições populares procuram explicar objetos, construções e práticas milenares, desafiando a imaginação de arqueólogos, etnólogos e antropólogos; cultos religiosos cheios de mistérios cuja origem perde-se na memória e na imaginação de etnias distintas entre si.

O grande avanço tecnológico colabora em muito para a descoberta de novos indícios que testemunham civilizações cuja compreensão continua um mistério. Sítios como o Boqueirão da Pedra Furada, no Piauí, apesar de estudados continuamente, não fazem parte dos livros de história do Brasil. Esse desconhecimento reforça o preconceito e alimenta o desinteresse por aqueles povos que habitavam nossa terra, séculos antes da chegada dos portugueses, e que não são reconhecidos como nossos antepassados.

Esta série de programas para a televisão objetiva considerar várias dessas manifestações em todos os estados brasileiros, procurando contextualizá-las numa linha do tempo e estabelecendo referências para a compreensão do que se passou no país desde os tempos mais remotos, testemunhados por objetos, ruínas, manifestações artísticas e relatos populares de moradores locais. Os programas seguirão uma linguagem próxima do jornalismo, procurando dar um tom de atualidade no tratamento dos resultados das pesquisas acumuladas pelas instituições que se preocupam com o tema.

Cada programa pretende mostrar o uso da tecnologia e do conhecimento de especialistas para explicar certos fenômenos, objetos e monumentos históricos, ao mesmo tempo em que vai buscar as explicações e o sentimento das populações locais, que também possuem formas de compreender tudo isso, a partir de estórias e lendas antigas, que darão um forte colorido na humanização dos programas. O saber popular convive com a tecnologia de ponta na explicação da história, ou mesmo da pré-história.

 

Tocantins: aqui bate o coração do Brasil

Projeto que prevê, a partir de ferramentas de comunicação, jogar um foco de luz sobre o Estado do Tocantins, revelando todas suas características e capacidade latente de impulsionar a economia regional e nacional, a partir das premissas de sustentabilidade, planejamento, exploração racional do meio ambiente, manejo correto e prudente de recursos naturais e, acima de tudo, de um incansável incentivo à preservação da região com a finalidade de garantir seu usufruto às gerações futuras. Ao mesmo tempo, valorizar os migrantes que escolheram Tocantins para viver, despertando neles uma sensação de pertencimento e de sua cultura e riquezas naturais.

A ideia central é mostrar para a própria população que o Tocantins é um estado que cresce na contramão da destruição praticada no resto do país. E que possui uma história a ser propagada, paisagens e aspectos nem sempre conhecidos de sua vida cotidiana e de seu patrimônio cultural.

Para criar essas radiografias, serão desenvolvidos produtos como vídeos, ações planejadas, usando videomapping (projeções) nos vários municípios do Estado, formação de influenciadores digitais locais para divulgação, nas mais diversas áreas, da cultura e patrimônio do estado, gastronomia típica, turismo, talentos e personalidades regionais. Será criado um hotsite exclusivo, com informações complementares sobre o estado, depoimentos sobre o orgulho de ser tocantinense (de personagens famosos e anônimos), usando técnicas narrativas de storytelling.

 

Paraná: do caminho do Peabiru ao porto de Paranaguá

Série de 12 episódios, cada um com duração de 26 minutos, a ser distribuída em escolas públicas e veiculada em webcanal do Governo do Estado. A proposta é montar o perfil sócio-cultural e humano do Paraná, a partir de suas origens étnicas, do legado cultural e econômico deixado por cada agente formador do Estado.

Contada em episódios que seguem uma ordem cronológica, com nexo de continuidade, mas independentes, a série poderá ser assistida na ordem dos capítulos ou de forma aleatória, e permanecerá “on demand” em endereço eletrônico a ser oferecido pelo poder público.

Episódios:

O caminho do Peabiru.
Tordesilhas: a linha imaginária que separou espanhóis e portugueses.
Tropeirismo: as rotas do comércio e da cultura.
O Paraná e suas várias línguas: a província, o mate e as portas abertas para a imigração.
Deutsche Paraná: a chegada dos alemães.
Pysankas: vida, saúde e prosperidade aos ucranianos.
Árabes: os mascates desbravadores.
Kurytyba: a Polônia e a sua segunda maior colônia.
A energia dos holandeses e seus moinhos de vento.
Al lavoro! Os braços fortes vindos da Itália.
Yokoso, e os japoneses chegaram.
Paraná: aqui se fala português em todas as línguas.

 

Intolerância

Documentário reflexivo que aborda a intolerância em suas várias formas de representação, que se dá quando outros transformam em ações sua incapacidade de conviver com as diferenças.

Cinco situações de intolerância foram resgatadas da história recente em nosso país, para serem contadas de maneira contundente e extremamente dramática, objetivando conduzir o espectador para dentro da narrativa e deixá-lo em choque com a possibilidade de vivenciar uma experiência semelhante.

A partir dessa reconstrução das cenas de intolerância, com atores, sob a perspectiva da vítima, a situação de conflito e suas consequências serão reconstituídas por meio de depoimentos de pessoas próximas, testemunhas, agentes do estado, ativistas e estudiosos do tema.

1ª Dramatização - Intolerância sexual. Laura Vermont, 18 anos.
Laura de Vermont, travesti, foi perseguida e espancada por 5 homens, com idades entre 22 e 26 anos. Muito machucada, ao buscar ajuda, foi assassinada a tiros por policiais.

2ª Dramatização – Intolerância religiosa. Kailane Campos, 16 anos.
Ao sair de um culto de candomblé em companhia de sua avó, Kailane Campos, então com 11 anos, foi atacada por dois homens que, empunhando Bíblias, gritavam, xingavam e atiraram pedras que atingiram a cabeça e o rosto da adolescente.

3ª Dramatização - Xenofobia. João Manuel, 47 anos.
O imigrante angolano conversava com dois amigos, também imigrantes, quando uma discussão por causa do pagamento do auxílio-emergencial para estrangeiros que vivem no Brasil, culminou num ataque xenófobo.

4ª Dramatização – Intolerância Racial. Diogo Cintra, 27 anos.
O ator Diogo Cintra, negro e então com 24 anos, depois de participar de uma peça teatral, percebeu que ia ser assaltado por dois homens. Como reação, correu até o terminal de ônibus, falou com uma vigilante sobre o assalto e passou a catraca. Ela sugeriu que ele corresse. Nesse momento, os seguranças do terminal se aproximaram e os assaltantes, agora 3 armados com pedaços de pau e acompanhados de cachorros, acusaram a vítima de assalto. Convencidos por causa da raça de Diogo, os funcionários o deixaram nas mãos dos verdadeiros assaltantes.

5ª Dramatização – Intolerância Social. Assassinato de morador de rua em Brasília.

 

Viagens de D. Pedro II

A série para televisão, de 11 episódios com duração de 50 minutos cada um, vai reconstruir grande parte dos roteiros das viagens do Imperador Dom Pedro II pelo Brasil, revisitando os locais mais significativos, recuperando visualmente e por depoimentos os relatos dos diários de viagem de sua própria autoria; reportagens dos jornais e as informações que constam na extensa literatura existente sobre o Imperador.

O objetivo é contextualizar essas visitas em seu tempo, contando parte da história do Brasil sob a ótica dessas viagens; e mostrar locais, paisagens, edifícios públicos e religiosos hoje existentes, que estiveram de alguma forma relacionados com o Imperador.

Até a maioridade, viveu dentro do Palácio de São Cristóvão no Rio de Janeiro, saindo apenas para passeios e visitas pela cidade. Depois disso, resolveu circular e se fazer conhecido, como forma de se afirmar como Imperador.

As centenas de localidades visitadas possuem algum vestígio ou registros de memória a serem mostrados, entre edifícios públicos, religiosos, escolas, fazendas, percursos ou mesmo paisagens naturais, que tanto atraíram o imperador.

A série terá o formato de documentário, com narração sobre as imagens atuais e reproduções de desenhos feitos de próprio punho pelo Imperador; e documentos da época, com eventuais depoimentos explicativos e ilustrativos sobre os temas tratados.

Episódio 1 – Províncias do sul - SC e RS (1845)
Episódio 2 - Província de São Paulo (1846)
Episódio 3 – Províncias fluminenses (1847)
Episódio 4 – Províncias do norte - BA e PE (1859)
Episódio 5 – Províncias do norte - PB, AL, SE e ES (1860)
Episódio 6 – Ida à Guerra do Paraguai - RS (1865)
Episódio 7 – São Paulo, fazendas e cafezais (1878)
Episódio 8 - Paraná (1880)
Episódio 9 – Minas Gerais (1881)
Episódio 10 – As viagens por ferrovias - SP, RJ, PR e MG (1881 A 1886)
Episódio 11– as residências de D. Pedro II - Paço Imperial; Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista; Fazenda de Santa Cruz e Palácio Imperial em Petrópolis.

 

Quarta Idade

Programa semanal para televisão com versões para serem exibidas em diversas plataformas. Cada programa terá, inicialmente, 30 minutos, com produção inédita semanal.

O conteúdo será direcionado a todos aqueles que tiveram, tem ou terão que lidar com pessoas idosas, sobretudo a partir do momento em que elas perdem a autonomia; isto é, em que ultrapassam a condição de vivenciar com saúde e disposição o processo de envelhecimento. Enfim, quando deixam para trás os anos da terceira idade, ou da “melhor idade”, e entram em processo de dependência de terceiros, sejam familiares ou profissionais, com a piora inevitável da saúde, da memória e da convivência com amigos e familiares.

A produção tem o formato de revista eletrônica, e vai reunir de forma viva, em linguagem audiovisual, as informações já sistematizadas e pensadas, em atividades acadêmicas e políticas públicas; além de reflexões e sugestões de autoridades, pesquisadores e participantes dessa discussão nacional e internacional; para que esses idosos tenham uma vida intensa e digna até o final.

As palavras do psicanalista inglês Winnicott definem o sentimento que deverá nortear a produção do programa: “Eu peço a Deus que eu esteja vivo até o dia de minha morte”, numa clara alusão ao desejo de viver intensamente até o final da vida. Temas relacionados com o final da vida e a morte serão tratados com seriedade e precisão, sem fugir de temas complexos e controvertidos.

O programa é direcionado a familiares, profissionais da saúde e cuidadores, que são os segmentos envolvidos no cotidiano desse desafio de viver mais e melhor.

A proposta prevê que o programa semanal seja veiculado em emissora de televisão pública e em meios eletrônicos, com canal próprio no Youtube; além de versões adaptadas para as demais plataformas de mídias sociais, podendo ser reproduzido por outras emissoras comunitárias, universitárias, por cabo, abertas ou via internet, sem nenhum custo de veiculação.

 

Ressocialização de detentos

Produção de obra seriada de ficção de natureza educativa e outros conteúdos audiovisuais derivados, como documentários e programas de televisão para a TV Justiça, emissoras públicas e outras plataformas digitais de distribuição; que promovam valores e sensibilizem a opinião pública em favor dos programas de ressocialização em curso no País.

Os conteúdos serão determinados a partir de pesquisa para levantamento de casos emblemáticos de processos positivos de ressocialização de ex-detentos nos âmbitos familiar, comunitário e social (trabalho e cidadania). A partir dos temas detectados na pesquisa e o mapeamento dos atores sociais envolvidos e seus inter-relacionamentos (estado, população carcerária, sociedade, familia), será desenvolvido o projeto de dramaturgia com a construção de personagens e tramas capazes de organizar narrativas interessantes e mobilizadoras sobre a problemática voltadas ao grande público e aos segmentos familiares e profissionais diretamente envolvidos.

A série ficcional pode recriar situações emblemáticas sobre os problemas e desafios encontrados pelos detentos e suas famílias no processo de ressocialização, permitindo assim a identificação e aderência emocional às situações dramatizadas, numa linguagem que é sempre bem sucedida na televisão brasileira. Assim, uma série de ficção pode passar ao público conceitos e causas com emoção e envolvimento. Elas são, portanto, um elemento educativo e mobilizador de grande impacto social.

 

Vida de trabalhador

Seriado de ficção para TV com 12 episódios de 26 minutos cada um abordando o universo do trabalhador, considerando os distintos aspectos de sua vida, desde o fantasma do desemprego, que assola todas as famílias brasileiras, até a fatalidade de um acidente de trabalho, por exemplo. O recorte escolhido para representar a diversidade desse universo é um escritório de direito trabalhista, o universo sindical e as ações do governo federal.

As recentes mudanças na legislação trabalhista brasileira, ainda pouco compreendidas, e nas relações empregador-empregado determinadas pelas tecnologias e pela discussão atual sobre direitos das minorias, respeito à diversidade e direitos dos cidadãos serão as referências complementares para definir o conteúdo e o enfoque de cada episódio produzido.

Temas transversais como sexualidade, vícios, racismo, preconceitos, consumismo e vontade de investir na formação pessoal também estarão presentes na série. O objetivo da série é conscientizar, motivar e educar por meio de situações ficcionais, com formas narrativas que têm grande sucesso na TV brasileira, A ênfase se dará nas soluções possíveis e reais, para qualquer cidadão que conhece os seus direitos, identifica os seus aliados e possui força de vontade para mudar.


O Paraíso é Aqui

Curso de formação direcionado a cidadãos para serem influenciadores digitais em seus municípios, aptos a realizarem vídeos e/ou podcasts sobre aspectos da cultura local, compreendendo: a) domínio de técnicas de Storytelling; b) técnicas de gravação, edição, apresentação e pós-produção audiovisual; c) coordenação de gravação de exercícios audiovisuais; d) inserção de material audiovisual nas plataformas digitais existentes na cidade.

Atualmente, a criação de conteúdos digitais e sua distribuição é feita com grande facilidade. De forma pulverizada, jovens, blogueiros, cidadãos comuns e profissionais de comunicação desenvolvem produtos audiovisuais que são compartilhados em plataformas como YouTube, Instagram, Facebook, Whatsapp, entre outras; além de fornecerem conteúdo para sites oficiais, institucionais ou mesmo pessoais. Contudo, essas produções e ações muitas vezes carecem de uma qualidade técnica, estética, de conteúdo, ou mesmo de abordagens criativas sobre os temas tratados.

Esta proposta prevê não apenas cursos para a formação audiovisual desses vários produtores culturais, em geral não–profissionais; como também a organização e articulação dessas produções, sob a coordenação de Prefeituras, tendo como temática principal o orgulho de viver em cada cidade; ou melhor, “por que a cidade em questão é um bom lugar para se viver e/ou passear”. O título fantasia do curso proposto é “O Paraíso é Aqui”.

Para tanto, é necessário não apenas o conhecimento de técnicas de Storytelling como também o conhecimento e domínio de técnicas de apresentação, produção, roteiro e direção audiovisual, e de compartilhamento nas redes sociais.

A descoberta de personagens interessantes e inesquecíveis para a comunidade, como um chef de cozinha regional, um guia turístico, um organizador de festas tradicionais, um ex-funcionário dos correios ou da estação de trens, entre muitos outros, ajuda a criar um efeito de auto estima nos cidadãos; a despertar interesse turístico; a construir o tecido social local e a recuperar a memória da cidade.